David Dias
Vai viajar para fora do Brasil? Veja por que o seguro viagem é seu melhor aliado
Por: Bruna Bozano
Planejar uma viagem internacional envolve muitas etapas: compra de passagens, reserva de hospedagem, definição de roteiros e, claro, fazer as malas. Mas, entre tantos detalhes, um item essencial ainda é deixado de lado por muitos viajantes: o seguro viagem.
Ele pode parecer opcional, especialmente se o país de destino não exige obrigatoriamente a contratação. Mas a verdade é que o seguro viagem pode ser o que separa uma boa experiência de férias de um grande problema — e é exatamente por isso que ele deve ser considerado parte do planejamento.
O que pode dar errado lá fora?
A maioria das pessoas não imagina, mas mesmo uma viagem bem organizada pode ser afetada por imprevistos. Basta pensar em situações como:
- Um voo cancelado no meio do trajeto
- A mala extraviada na conexão
- Uma crise de alergia durante o passeio
- Um dente quebrado no jantar
- Uma internação médica por intoxicação alimentar
Em países onde o sistema de saúde não é gratuito para estrangeiros, uma simples consulta pode custar centenas de dólares. E, se for necessária internação, os valores podem ultrapassar facilmente os R$ 20 mil. Isso sem contar custos com medicamentos, transporte médico ou procedimentos de emergência.
Seguro viagem: o que cobre e como funciona?
O seguro viagem é uma proteção temporária contratada para cobrir despesas e imprevistos durante o período em que o viajante estiver fora do país. Os planos variam, mas as coberturas mais comuns incluem:
- Despesas médicas e hospitalares
- Atendimento odontológico emergencial
- Repatriação médica ou funerária
- Indenização por bagagem extraviada
- Cancelamento ou interrupção de viagem
- Assistência jurídica
O atendimento pode ser feito por reembolso ou diretamente pela rede conveniada da seguradora. Algumas operadoras oferecem suporte 24 horas em português, por telefone, e-mail ou aplicativo, o que facilita bastante em momentos de estresse.
Em quais países o seguro é obrigatório?
Alguns destinos não permitem a entrada de turistas sem a contratação prévia de um seguro viagem com cobertura mínima específica. É o caso, por exemplo, dos países do Espaço Schengen (como Alemanha, França, Espanha e Itália), que exigem uma cobertura de pelo menos €30 mil em despesas médicas.
Além deles, destinos como Cuba, Venezuela, Irã e Rússia também têm regras rígidas. Por isso, é importante consultar as exigências do país antes de viajar.
Como contratar o seguro certo?
O seguro viagem pode ser contratado diretamente com seguradoras, por meio de comparadores online, agências de turismo ou até com cartões de crédito que oferecem a cobertura como benefício (verifique sempre os limites e condições).
Na hora de escolher, considere:
- O destino (e o custo da saúde naquele país)
- O tempo da viagem
- O tipo de viagem (turismo, intercâmbio, negócios)
- Seu estado de saúde e idade
- Atividades previstas (como esportes ou trilhas)
Nem sempre o plano mais barato é o ideal — é melhor investir um pouco mais em segurança do que arcar com despesas inesperadas no exterior.
Dica final
Quem viaja bem é quem se prepara bem. Assim como se contrata um seguro para o carro ou para a casa, o seguro viagem é a forma de proteger aquilo que não tem preço: sua saúde, seu tempo e sua tranquilidade. Pode ser que você nunca precise acioná-lo — mas se precisar, vai agradecer por ter contratado.